tag:blogger.com,1999:blog-67184626775073374962024-02-20T12:35:20.916-08:00Blog das CinzasAlgumas ideias compartilhadas...Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-9413400762046801392012-06-05T00:18:00.001-07:002012-06-05T00:55:17.119-07:00Desespero<div style="text-align: justify;">
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Noite chuvosa. Sentada sob o cobertor, assistindo um programa qualquer de tv, esperando o dia chegar, a hora passar, aquele velho segundo que insiste em não parar. Prédio alto. Das figuras que trespassam a fina tela da tv nada se diz. Nada falam. Nada significam. Olha então para seu lado direito. Vê o trovejar, as nuvens negras na noite. Esta empalidecendo sob a neblina. Então vem a água. Pingos e mais pingos a espancar as janelas. É daquelas noites terríveis. A noite da solidão. A menina abaixa a cabeça, olha o balde de pipoca vazio, o tapete opaco. Respira fundo; a menina no vazio.</div>
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Surgem então, por detrás das janelas, os filhos do homem. Com os olhos abertos, mãos espalmadas. Pés descalços. O fogo emana de suas entranhas. A menina se assusta, treme pode dentro. Que eram aquelas criaturas fantásticas? Que querem eles? A dor que há de nos consumir todos no dia do juízo? Pensa a garota, entre a aflição e o terror, que será tudo aquilo? Qual o significado do chão que caiu, daquilo que de há muito acontece sob o sol?</div>
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Então escutou um gemido. Um pequeno animal gritando lá em baixo. E subiu pela sua garganta uma necessidade de sofrer e de carregar uma dor que o mundo nunca esteve pronto para sentir. Debaixo dos seus olhos, quando carregou seus dedos em direção às pálpebras, sentiu letras caírem pelo rosto. Letras essas, que se bem lembrava, eram de um romance a muito tempo esquecido; uma história de amor, de separação, de dor e de graça. Uma história que encantava os transeuntes das ruas cinzentas que passavam por um prostíbulo qualquer. Sentiam, pois, o sabor daquilo que ansiavam mas não podia ter.<br />
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Levantou os pés, uma vez que estava sentada no sofá, para se dirigir à porta. Saiu em direção às escadas. Lembrou que nesta parte da vida a luz não existia; era simplesmente uma lenda contada certa feita por um sábio a ministrar pílulas de clarividência embotadas pelo vento frio de um final de tarde no litoral. Enquanto descia todos aqueles degraus, aquele concreto frio queimando seus pés, pensava na casa que deixava para trás, numa vida que estava por vir, em todos os mistérios do desconhecido. Por um momento teve dúvidas e as dúvidas tomaram conta do seu ser.</div>
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Chegando lá em baixo, pela portaria enevoada, lançou-se através da rua sem nem ao menos olhar para os lados. Quando pisou no gramado, sentiu alívio, ajoelhou-se, chorou. A chuva molhava seus cabelos e os pingos castigavam as suas costas. Suas mãos tateavam a escuridão, pelo meio da grama enlameada, procurando da onde vinha aquele som fugidio. Encontrou então aquela esplêndida criatura, extremamente machucada e pequenina, de musculatura tensa, expressão inocente, cujos olhos negros eram as únicas coisas que brilhavam naquela escuridão toda. Olhos que não piscavam , que olhavam fixos para a menina enquanto esta jazia prostrada a encarar o pequeno cão, ambos em cima da lama, circundados por negras árvores em uma selva de pedra.</div>
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Então estas duas criaturas se aproximaram e a menina abraçou a fonte de todos os gritos, de todos os os sussurros, das lamentações todas. O vento batia em ambos os corpos, a água diluviana ameaçava os afogar em seus próprios pensamentos. Um coração sentia o outro, batiam em compasso, aqueciam-se na ausência do sol. Ao agasalhar com seu próprio corpo aquele cão coberto de feridas, faminto, quase a se decompor no meio de tanta água e terra, compreendeu que abraçava a si mesma. Aqueles ganidos nada mais eram que sua própria voz a berrar por uma saída daquele labirinto em que se metera. E não havia trovões, água, fogo que lavassem sua alma e que a tirassem dali para aquilo que dizem ser o mundo de luz. </div>
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Abraçada àquela criatura, que assumia agora contornos pavorosos, emitiu um grito surdo, um estranho som que se fez ouvir em todos os corações do mundo mas que não chegou aos próprios ouvidos de quem emitia. O cão então se desfez em seus braços como o pó que retorna a terra, esfarelando-se, misturando-se com a lama, fazendo o chão. A menina arqueou, ofegante, no meio do mesmo cenário chuvoso, sem pensar, apenas sentindo. Fazendo nada, somente existindo. Tinha certeza que dali não sairia a não ser através de um grito igual ou mais forte que o seu, que arrancasse seus coração daquele chão pegajoso; teria de ser arrancada pela raiz que seu corpo criara por dentre as entranhas da dúvida. E chorou delírios dos mais incríveis, com as mãos levantadas para um céu que a ignorava; céu que vomitava água torrencialmente sobre um belo rosto portador de olhos castanhos; um castanho que pela força do seu brilho forçava a humanidade a achar resposta para a razão do ser... Havia de gritar, mas quem poderia gritar desse modo? </div>
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Tocou os restos de seu pequeno amigo. Se fora, com certeza. Perguntou-se então onde ele teria ido? Inclinou o peito em direção à terra, encostou a cabeça no chão, escutou a chuva vindo de cima. Entretanto, para sua surpresa, ouviu também as trombetas dos filhos do homem. Levantou o rosto e viu que eles cavalgavam em sua direção com os corpos envoltos por ígneas labaredas fantásticas, desenhando espirais de uma beleza terrível. Era o prenúncio do que a humanidade haveria de sentir sob o sol. Essa figuras míticas anunciavam as coisas a serem feitas, o destino a ser cumprido, a promessa a ser selada. De súbito, a menina sentiu seu coração parar. Na fração de um segundo, o brilho flamejante daquelas potências alargou suas pupilas e jorrou o mistério dentro de sua mente. A chuva parara, a noite havia se acalmado. E ali a menina adormeceu, sonhando com as promessas de uma terra distante e com o que haviam lhe contado os sons das trombetas que anunciavam o verdadeiro tempo do homem sob o sol. Um sol que ela sempre esperou, que sempre a iluminou por dentro. Um sol que era uma dádiva por vir.</div>
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Todavia, antes que o ente luminoso surgisse, acordou num sobressalto. O cão dormia ao seu lado. Sentou-se com dignidade, mas sentiu o cansaço. Acariciou a fronte do cão, sentiu seu calor. Imaginou que os filhos do homem, ungidos pelo fogo, queriam levar a sua dor embora. Entretanto ela não permitiu e nem permitira jamais. A dor como tesouro da existência. Preferiu guardar seu sofrimento dentro de um coração que nunca conseguiu se fazer ouvir: o seu próprio. Isso porque os corações deste mundo estão entorpecidos pelo próprio silêncio. </div>
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Amanhecia. Possuída pela dignidade dos mártires e tomada pela paixão dos que morrem de amor, a menina ergueu seu corpo pálido diante da luz que nascia e, em uma amarga reverência à existência que se condena ao silêncio, resolveu legar ao mundo nada mais que o mistério de uma alma humana que andou sob o sol. Afinal, arrancou o próprio coração e enterrou naquele chão em que ela e seu companheiro haviam entregue suas almas; um chão alimentado pelo corpo de um cão que jamais existira, por uma chuva cruel e por algumas lágrimas de solidão.</div>
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<br />Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-59340981087489230892012-05-22T23:32:00.002-07:002012-05-23T11:30:10.769-07:00Quando as estrelas se curvam<div style="text-align: justify;">
Não é fácil ser si mesmo. Como as ondas que teimam em se destruir e se reconstruir. Não é fácil ser grande pela simplicidade, ser digno pela economia, ser alto pela humildade. Pois para se fazer dignas essas terras, há que se resolver o enigma da antítese.<br />
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O tempo é uma luta insofismável. Os minutos correm, os segundos atropelam. Com o tempo ocorre algo terrível: sua percepção se modifica diante do fim iminente, que não avisa, não se deixa prever. As placas dessa rodovia estão ausentes e a próxima curva, a derradeira, chega rápido demais sem a sinalização.<br />
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O destino nós não sabemos. Os mistérios podemos dizer que não serão revelados agora. A pedra continua fechando a fresta. O ratinho continuará rato. Foi a beleza da poesia cibernética que fez encontrar dois hemisférios. E das improbabilidades fez-se uma vida repleta. O desenlace permanece um mistério.<br />
<br />
Disse o futuro imperador: o que é feito de bom pelo homem é enterrado com seus ossos. Mas disse o poeta aviador que não ficamos sós, que as pessoas não se vão sós. Levam da gente, deixam com a gente. E a perfeita transformação me atingiu como um raio numa ensolarada tarde de sábado. E ficou.<br />
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Desde então, o litoral passou a significar mais do que mar. O som das ondas deixou de ser ruído, tornou-se música. Uma rodovia deixou de ser concreto; tornou-se esperança; uma rodoviária deixou de ser estrutura, tornou-se casa; uma casa deixou de ser tijolos; tornou-se lar; um quarto deixou de ser esconderijo; tornou-se um mundo. O mundo deixou de ser caos, tornou-se cosmos; e eu e você deixamos de ser eu e você, tornamo-nos nós. <br />
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O verbo é mais que palavra. É ação. E o mundo agiu. De todas as maneiras. Fe-nos união. E a partir daquele dia não fomos mais o mesmos. A metamorfose completa. Ambulante. Que queria ser, e foi. A rede proporcionou os contatos. E os anos se passaram. Distantes por alguns quilômetros; próximos porém, pois dentro do mesmo coração.<br />
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Lembro daquela tarde fria de julho. Sentados na calçada de casa, tentando desenformar um prato de gesso, que depois seria pintado em alegres cores, quentes demais para o ambiente. Lembro de quando aprendemos que pontos turísticos com portas não funcionam às segundas. Lembro de tomarmos chuva na frente de um museu que nunca conhecemos e depois sair andando a esmo em busca de comida. Experiências aparentemente banais, soma de partes mais que desengonçadas, mas que valem mais que todo o dinheiro do mundo. E isso porque constituem um tesouro, mais precioso do que tudo nessa vida: as lembranças.<br />
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As viagens foram constantes. Nem tudo eram rosas. As despedidas eram difíceis. As lágrimas escorriam, o coração se dividia. O mesmo ônibus que afaga é aquele que apedreja. Mas mais afaga. E surgiu a ideia. Ficar próximos. E de você veio o passo derradeiro; vencer a distância; vencer o concurso; crescer e aparecer. Eis que transformamos um mero apartamento em ninho, uma cidade em casa, o futuro em presente. Igor: o amor da minha vida. Carol: a razão do meu viver.<br />
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E nessa caminhada diferente e especial que papel fez a arte! Em especial a musical e a cinematrográfica. E nos encantamos um pelo outro através das imagens que se movem. Vimos um projetista poeta que fez um filme com beijos censurados, uma palhacinha triste e o remorso de um artista a chorar na praia, a perplexidade de um homem da floresta na cidade, o esporte que uniu uma nação separada pela cor, os sonhos de um diretor brilhante, o testemunho de alguém tomado por um espírito num julgamento, um advogado doido por ópera vítima de preconceito, alunos negros se afirmando pelo desafio do conhecimento, cenas do descontrole moderno musicadas por um gênio minimalista, um gato robô azul sem orelhas, um simpático professor idoso e seu medo da morte, as chagas da guerra em uma senhora idosa que carregava um pequeno guarda-chuva, os horrores dos conflitos na áfrica, jackie chan lutar bêbado, um pé esquerdo fantástico, um bruxinho e sua turma, um homem que queria agradecer pela cura de seu burrinho, uma linda menina num concurso de beleza bizarro, a história de amor de dois cowboys, um quarto de hotel letal, um grego apaixonante e apaixonado pela vida, uma princesa e seus ratinhos, uma menina que encontrou duas bruxas, um garoto dragão e um tal sem face, uma valquíria que gostava de presunto, um boxeador decadente que dançou ao som de um intermezzo, simpáticos dinossaurinhos em busca de um vale, dois jovens apaixonados ligados por uma corda vermelha, o conflito de um artista de filme mudo com o som, um menininho a viajar no verão com uma mochilinha de asinhas, um casal que tentou se esquecer e não conseguiu...<br />
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Na arte sonora, não foi menos diferente. A nossa trilha sonora foi do heavy metal melódico até pop norueguês, da mpb até o j-rock, de Piaf até Callas. Eu poderia sinceramente dizer que nós poderíamos construir uma casa no pé da montanha, que poderíamos ficar lá e nunca mais voltar, que poderíamos ficar lá e ver como tudo termina...<br />
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Tenho muito mais lembranças que não posso descrever por conta do
espaço; estarão guardadas dentro do meu coração. Talvez a mais viva e
importante lembrança seja disparada pelo cheiro de um certo perfume. Era
só sentirmos o cheiro para lembrarmos automaticamente da sensação de
como era viver no tempo daqueles primeiros encontros. Coisa
verdadeiramente espantosa!<br />
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Começar uma obra é difícil. O começo de algo é sempre problemático. É o velho problema do regresso ao infinito. Disse bastante coisa e o que talvez fosse melhor estar no começo coloco aqui: isto aqui é para você meu amor, tento derramar meu coração nestas palavras, coração este que, naturalmente, derramei por você. Mas palavras sempre dizem pouco. Aquele que diz saber descrever o Tao com palavras mente. Pois eu conheci o Tao com você. O indizível, o imperscrutável. A sensação indelével de ser um com o todo. O objetivo último do tantra, unir-se da forma mais visceral possível. Você representou para mim a chave para o Ser do Parmênides, as idéias de Platão/Sócrates, a Phisis do Aristóteles, a comunicação do Habermas, o uno do Plotino, a Roma de Darcy Ribeiro, a Montanha do Thomas Mann, o Musashi do Yoshikawa, o enorme girassol do Kawabata, os símbolos do Jung, o sol e aço do Mishima, os chineses da Xinran, o Multivac do Asimov. Você foi o meu Diadorim e a minha Julieta. O meu Jack Twist e minha Fermina Daza. Ter você ao meu lado foi ser Miguilim ao botar os óculos. <br />
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E, sobretudo, você foi o meu amor e sempre será. Você levou parte de mim e deixou parte de você comigo. Você vive aqui no meu coração. E se o nosso amor foi especial, devastará ele também todas as barreiras. Esse amor foi tal que se feita aquela pergunta desafiadora "até quando ficar neste ir e vir do caralho?" a resposta eu a tenho desde aquele 1º de outubro: por toda a vida. Você me ensinou a viver e eu vivi. Nosso amor foi lindo e trágico como uma ópera de Puccini; mas mais que isso: foi nobre como a missa de Bach. Quando você se foi, as estrelas se curvaram porque elas assim procedem quando chega um anjo. E você foi o meu anjo. O meu firishta. Você me protegeu com a capa mágica. Apesar do mundo não ter tido o privilégio de ter mais tempo com você, eu quero te dizer que eu, mais do que te conhecer, te reconheci. Eu fico despedaçado com sua partida, mas eternamente grato aos céus por terem me dado a oportunidade de conhecer uma pessoa tão fantástica; de simplesmente ter conhecido você.<br />
<br />
Quis a vida nos separar. Mas só o esquecimento separa. E nós não vamos nos esquecer um do outro. Construímos algo incrível aqui e o universo sentirá os reflexos disso. Criamos um lugar especial e quando o tempo parar nós nos reencontraremos. Minha vida vai continuar, conforme eu sei que você deseja. Mas nem você poderá me impedir, no íntimo, de sonhar com o dia em que daremos a mãos de novo. Quero que você saiba que, dentro do meu coração, nós subimos o altar, trocamos alianças e nos sagramos marido e mulher, exatamente como naquela figura que você desenhou; que eu te amei como se há de amar a mais maravilhosa das criaturas e que eu fui feliz; que espero ter feito você feliz; que você tenha perdoado minhas fraquezas e, mais importante, que você saiba que nós tivemos uma casa no pé da montanha...<br />
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Eu queria, na verdade, fazer a mais bela homenagem, a mais bela declaração de amor ou até a mais bela canção de amor jamais vista, como queria um certo compositor... mas temo não conseguir tal feito.
Acho que nada mais honesto mesmo, e é o que me resta, é fazer, com essa
minha cara mesmo, uma coisa que fiz menos do que deveria: dizer que te
amo. Eu te amo, sempre te amei e sempre vou amar. Desde aquele 1º de outubro, e agora mais do que nunca, minhas mãos agem em sua homenagem e assim continuarão. Tenho que fazer justiça ao fato de você ter me escolhido como seu amor. </div>
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Vivemos algo grandioso Carol, fomos grandes nessa terra, mesmo que condenados a sermos formigas dentro do pálido ponto azul. Você foi numinosa. Você foi uma experiência numinosa para mim! A você, destino o mais profundo e sincero "Bravo!", na verdade... "Bravíssima" !!!<br />
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Carobinha, meu amor, a gente não se contentou com o normal, com o comum; o que fizemos foi poesia, fizemos uma obra de arte! Uma obra a ser legada para os que conseguem, de fato, entender o que é simplesmente... amar.</div>
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Meu carinho,<br />
Meu amor,<br />
Rish rish,<br />
Aaaaaum,<br />
Caroba linda,<br />
Mumu maravilhosa,<br />
Mumu do meu coração,<br />
<br />
Eternamente seu,<br />
<br />
Igor<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zTFVDfAs5y4/T7yKFp7b1zI/AAAAAAAAABk/Ft2KkIB5-QQ/s1600/mywedding.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-zTFVDfAs5y4/T7yKFp7b1zI/AAAAAAAAABk/Ft2KkIB5-QQ/s320/mywedding.jpg" width="286" /></a></div>
</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-7581706423520378132011-12-25T14:17:00.000-08:002011-12-25T14:26:14.375-08:00O Natal<div style="text-align: justify;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4ef79ff4b406e6978745947" style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">Feliz Natal? A quem serve a data que foi usurpada de Cristo? Quem entende o que de fato disse Cristo? Como entender o milagre da multiplicação dos pães e peixes? Até quando permanecer no entendimento conveniente e preguiçoso do evento mágico e ignorar que o verdadeiro milagre não é desafiar as leis da física e sim fazer as pessoas compartilharem? Até quando ignoraremos que há duas maneiras de conc</span><span class="text_exposed_show" style="font-size: small;">eber a história: (1) a comida surge do nada; (2) as pessoas, tomadas pelas palavras de Cristo, fazem o verdadeiro milagre: cada um coloca o que tem na cesta e a comida "se multiplica". Pergunte-se: afinal, qual é o verdadeiro milagre? Você cristão: há nesta doutrina um chamado que conclama seu seguidor a muito mais do que agradecer pelo seu. Este é o Deus Vivo. Todo o resto é o Deus Morto. O Natal concebido atualmente é o Deus Morto. Se coisa do Deus vivo fosse, pense você: até quando você vai aceitar que sua ceia provoque coisas como esta neste vídeo? Veja bem: é para cear sim. Não é para não celebrar. É sim para deixar a ignorância de lado. ELE mesmo não disse que a verdade nos libertaria?</span></div></span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4ef79ff4b406e6978745947" style="font-weight: normal;"><span class="text_exposed_show" style="font-size: small;">Enfim... que assim seja um Natal feliz. </span></div></span></div><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4ef79ff4b406e6978745947"><span class="text_exposed_show"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ulx2Az07BrU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4ef79ff4b406e6978745947"><span class="text_exposed_show"><br />
</span></div></span></h6>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-34320776494490600492011-10-30T13:37:00.000-07:002011-10-30T14:05:51.360-07:00Assunto: concerto da OSESP, da OSP (Sinfônica do Paraná) e Lula<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
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<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">No começo do mês estive em São Paulo para prestigiar a oitava sinfonia de Mahler. É mais do que um concerto. É o evento! A Oitava de Mahler é possivelmente uma das mais grandiosas peças sinfônicas, mais ousada e mais cara do repertório orquestral. É uma massa orquestral imensa, metais que tocam fora do palco, um coro misto enorme, coro infantil e oito solistas, salvo engano meu. A minha expectativa era grande visto que OSESP jamais me decepcionou. Vi com esta orquestra uma Elektra, um Cavaleiro da Rosa, uma Nona de Beethoven, uma Canção da Terra na versão de Schoenberg, a Terceira, a Quinta e a Nona de Mahler, uma Vida de Herói do Strauss, entre mais alguma coisa, e transcorreu tudo no mais absoluto e elevado nível. Coincidência ou não, exceto as sinfonias de Mahler, todo o restante foi durante a regência do Neschling. Mas a Oitava deixou a desejar. A orquestra estava magnífica e o coro também. O problema, ao meu ver crucial, foi a solução usadas para os solistas. Quem conhece a Sala SP sabe que ela não tem um palco muito grande. O coro ocupou o seu lugar de costume e a orquestra cobriu inteiramente o palco. E os solistas? Estes ficaram atrás da orquestra e na frente do coro. Pergunta: como ouvi-los? Sim sim... Microfones! Ao comentar do esdrúxulo procedimento com um professor da faculdade que muito adora esta arte ouço o seguinte “Mas daí estragaram tudo!”. E de fato. </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">A Sala SP não é grande. Penso que em primeiro lugar poderiam ter tirado alguns componentes da orquestra, assim como enxugado o enorme coro. Foi frequente a sensação de confusão sonora que, acredito eu, foi decorrente do excesso de músicos. Sabemos que a Oitava de Mahler é mesmo excessiva, mas daí quando esta superlatividade compromete a própria inteligibilidade sonora penso que a coisa possa ser diminuída. Talvez, não sei bem, o som do coro tenha sido captado pelos microfones e ampliado a sensação de confusão na sala. Mas se fosse só isso, a noite teria sido proveitosa! O que ocorre é que com solistas microfonados não há arte lírica que preste! Toda a noção de técnica, de projeção, de squillo vocal torna-se secundário. Ouve-se o canto lírico justamente porque é uma arte sem intermediários, sem microfones, sem mesas e caixas de som. E nesta noite nem se ouvir alguma coisa se ouviu! Eu me sentei na segunda fileira, justamente com a perspectiva de ficar perto dos solistas. Dali não se ouviu absolutamente nada. Nenhum solista. A intervenção do barítono, na última cena do Fausto, foi um anti clímax absurdo posto que passou em branco. Não consegui ouvir nenhum dos cantores sequer minimamente para dizer se foram bem ou não. Esforço, nesta toada, mais intenso fiz com relação ao tenor da apresentação. Eu sou um entusiasta da voz do tenor e queria ver alguém fazendo o Doctor Marianus ao vivo. Notório que se trata de uma parte difícil, com muitos agudos, demandando uma técnica sólida. O resultado , todavia, foi pífio. Além de ter de fazer esforço para ouvir, pois as caixas de som estavam com um volume mal regulado, o que vi (e ouvi) por parte do tenor foi de uma mediocridade ímpar. Tive a sensação de que oitavou alguns dos agudos mais apoteóticos para baixo! E que uma hora usou falsete! Claro que o microfone pode ter me enganado, mas tenho quase que certeza que o tenor fugiu dos agudos de uma forma ou de outra. Não tem escapatória, principalmente neste “papel” há de se dar os agudos, senão a coisa fica deveras prejudicada. Que me sobrou? Prestar atenção na orquestra e no coro, que foram o alento da noite.</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">De tudo isso, desta solução ridícula usada para os cantores principalmente, posso dizer que pela primeira vez uma apresentação da OSESP me desapontou. Sabemos que Mahler é um exagero, um mundo! Mas em nome da musicabilidade e razoabilidade, poderiam ter diminuído um pouco o efetivo e colocados os solistas na frente. O som sairia menos embolado. Os cantores seriam ouvidos melhor. Já vi apresentações em lugares enormes com um colosso orquestral. Por que então, em um espaço mais diminuto, não diminuir as proporções? Trata-se inclusive de um respeito com o cantor. Alfredo Kraus já dizia, em interessantíssimo livro sobre a arte do canto de Artur Reverter, que o crescimento desmesurado das massas orquestrais, no mais das vezes, prejudicou a função do cantor, obrigando-o a cantar sempre forte para suplantar a barreira musical profunda de um efetivo superlativo que, muitas vezes, não executam um bom controle de dinâmica, resultando em execuções nas quais nem sempre se ouve os solistas a contento, mesmo que emitam a todo o vapor. Teatros cada vez maiores, cenários no fundo do palco teatral. Em suma, uma espécie de complô contra a técnica e arte vocal. Resultado? Empobrecimento da técnica, do resultado e, frequentemente, inaudibilidade! Pois foi o que ocorreu nesta apresentação da OSESP.<br />
<br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Ainda quero ressaltar o declínio dos programas de concerto! Nos tempos do Neschling, e em que pese sua aparente difícil personalidade devo dizer que o admiro como regente e diretor artístico, o programa custava dez reais e era um verdadeiro livro. Nada mais acrescentar. Tinha até uma aba na contracapa para destacar e, quem sabe, usar como marca página. Depois da saída do impetuoso maestro, tivemos o insípido maestro francês e agora maestrina Marin Alsop, de quem não posso opinar. Posso dizer que o programa, de livro, foi ficando um livro fino, que por sua vez virou uma revista, mas ainda conservando a lombada de livro até que, nesta mesmíssima apresentação da Oitava de Mahler, deparei-me, pelos mesmos módicos dez reais, com um programa de concerto em forma de revista, inclusive usando grampos. Eu acho que alguma conclusão dá para tirar da derrocada qualitativa dos programas, que parecem denotar um desapego cabal pela capricho; assim como da solução usada para a orquestra e para os cantores na Oitava de Mahler: estragaram uma belíssima sinfonia de notória raridade em termos de execução. O maestro da ocasião, Rozhdestvensky, é de uma competência inquestionável, ainda mais do alto de sua idade e experiência. Parece-me, no entanto, difícil de acreditar que a ideia dos solistas tenha saído da cabeça do maestro. De qualquer forma, não dá para saber de quem é a responsabilidade de uma ideia tão esdrúxula quanto a que foi utilizada. O certo é que se houvesse alguém que realmente se preocupa com a arte naquele lugar e que tivesse condições de influenciar os resultados, dificilmente teríamos o fim que tivemos, tanto em relação ao concerto quanto a simplificação do programa. Pessoalmente e indubitavelmente, só vi retrocesso.</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">De outro lado, na semana passada, vi um concerto da querida Orquestra Sinfônica do Paraná que, ao que parece, ressuscitou das cinzas. No governo Requião ela vinha sofrendo um desmonte raivoso chegando a parecer extinta em muitos momentos. Com o governo Richa , há suspeitas de boas mudanças. Sabe você leitor, não gosto do PSDB, nem tucanos. Este governador para mim é um engodo. Ainda mais quando este fez parecer, quando da assinatura da lei da Defensoria Pública, “não estar fundamentalmente atendendo o pedido (pressão) de ninguém e sim cumprindo uma promessa de campanha”, buscando ressaltar que ninguém tinha o impelido àquilo, ou seja, que o movimento "Defensoria Já" nada tinha a ver com a assinatura. Podia até ser promessa de campanha, mas nada mais elegante do que reconhecer o belíssimo movimento em prol da defensoria encabeçado pela grande professora de direito penal da faculdade de direito da UFPR Priscilla Sá. Enfim... pelo menos surgiu neste ano uma programação anual, coisa que jamais vi, pelo menos desde 2004, na OSP. O regente titular mudou: agora trata-se do português Osvaldo Ferreira de quem nunca ouvi nada e , logo, não posso opinar. Todavia posso opinar do concerto que vi da OSP, nestes últimos dias. E veja só leitor, que legal! Com a regência de John Neschling.</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Do concerto, posso dizer que foi vibrante. Não sei até que ponto o Neschling animou a orquestra, mas fato é que fazia muito tempo que não via a querida OSP deflagrar um som tão bonito e enérgico. O programa foi a Abertura Concertante , do Guarnieri, o Primeiro Concerto para Piano do Liszt e a Segunda Sinfonia de Brahms. Todas as obras foram executadas de forma incontestável. O solista da noite, inclusive, foi irrepreensível. Se esbarrou nas notas, foi imperceptível. Um fraseado inteligível e, algo que aprecio muito, uma bela presença de palco. Aliás, presença de palco é o que tem o grande maestro Neschling. Só lamento que, parece-me, ele tenha envelhecido muito desde a última vez que o vi, em 2007. É sabido que ele ficou seriamente doente neste ínterim mas também, e isso sou eu que acho, o fato de ele ter sido perseguido, ejetado e despojado daquilo que, talvez, tenha sido a obra de sua vida; o fato disto ter ocorrido da forma mais truculenta e ridícula possível, produto de uma das mais belas e impávidas figuras guardiãs da cultura nacional da política do Brasil, José Serra, deve tê-lo desgastado até a medula. Apesar disso, lá estava Neschling, sem batuta (aliás este utensílio sempre me soou inútil e tolhedor de movimentos) regendo de forma ímpar, com o seu “jeitão” (quem viu, sabe como é).</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Claro que não posso me furtar de dar destaque para a plateia curitibana. Quem me conhece sabe que sou cáustico com a elite cultural dessa cidade: querem ser Viena sendo que lá fora continuarão sendo não menos latinos do que de fato são. A elite cultural desse lugar nunca me animou. Talvez no teatro a coisa seja um pouco melhor. E em termos de música antiga/barroca também, afinal temos a camerata que goza, ao que parece, de sólido prestígio (eu não sei porque não sou lá muito fã do repertório). Mas em termos de música sinfônica e óperas, a coisa tem sido bem medíocre. Em termos de ópera, não é nem medíocre: inexiste. Isto porque há uma montagem na vida e outra na morte. E quando há, são montagens com cantores dos quais nada se ouve, em parte pela orquestra mal regida e, do outro lado, por causa dos cantores de técnica claudicante. Lembro de uma Boheme com um bom Rodolfo que, no entanto, foi fulminado por um cenário risível, que colocava os cantores praticamente no fundo do palco. Claro que, para amenizar, estavam lá os famigerados microfones. Sabemos que a acústica do Guairão é, mínimo, enigmática... Também vi um Rigoletto que não me impressionou nada, ao contrário, só me molestou. Lembro o que o personagem título era um barítono de voz vigorosa e boa presença de palco mas o Duca foi lamentável. O La Donna è Mobile foi terrível, sem o famoso floreio final. Si agudo no final, só nos sonhos. Melhor era ir para casa e botar o Kraus para cantar. Recordo-me ter lido na época que era Neyde Thomas quem dominava o cenário em termos de botar seus pupilos para cantar no Guaíra. Posso dizer que ela foi uma grande cantora, mas de resto... Melhor nem comentar.</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">A verdade é que, em Curitiba, a coisa é sofrível. E torna-se pior ainda porque se trata de uma gente que se acha melhor do que os outros, sem entender bulhufas do que vê e ouve. Pagam horrores para ver um tenor como Jose Carreras, que hoje, infelizmente, não possui sequer um vestígio do que um dia o tornou notável, e acham que fizeram um ótimo negócio, de qualidade artística ímpar, suprema consagração lírica. Enfim... no concerto da OSP regida pelo Neschling houve a seguinte cena: maestro parando o concerto para piano do Liszt no meio, no MEIO, para dar uma dura em alguém da plateia que, talvez por ser concerto gratuito, achou uma ótima ideia levar uma criança de, sei lá, uns 3 anos, para assistir um programa de duas horas de duração! Lamentável... bom senso passa longe. De resto, a mesma velha pataquada de sempre: aplausos para cada movimento da sinfonia do Brahms! Sou da opinião que a pessoa deve aplaudir quando der vontade, apesar de quebrar a unidade da obra (e quebra mesmo...). Quer dizer: se aplaudirem, paciência. Mas de todo o modo, não combina com a tal da capital de primeiro mundo os tais aplausos na hora errada....</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Esquecendo esta minha antipatia por esta elite cultural mequetrefe e pela falta de bom senso das pessoas, devo dizer que o Concerto me deixou muito feliz. Parece que a OSP finalmente vai ressurgir com boas perspectivas para o futuro. De tudo isto, no mais puro estilo Pig's Tale: méritos para a OSP e deméritos para a OSESP.<br />
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</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Em tempo: desejo melhoras para o presente Lula! Que se recupere logo. Agora eu acho interessantíssima as manifestações de ódio em relação ao ex-presidente. Até o Dilmenstein (assim que se escreve?) se pronunciou contrariamente a esta orgia do mal gosto de parte dos brasileiros. Dizem para o Lula usar o SUS: parece-me que quem usa este argumento não vota nele e sim no grandioso José Serra, este gênio brasileiro. Mas o que este gênio brasileiro e seu ridículo escudeiro FHC fizeram pelos pobres do país, que são os que usam o SUS, durante este tempo todo? Muito pouca coisa. O Presidente Lula teve sim falas infelizes, mas ele chegou e fez. E nos lugares de sobriedade cultural real como Paris e Coimbra (escutou Curitiba?) ele é reconhecido por seu colosso de obra social. Agora que, vitimado por um câncer, convalesce desta maldita doença, os opositores mal educados tratam de tripudiar em cima de sua dor. Pois estes que escrevem no UOL para que ele use o SUS, provavelmente não usam o tal do SUS, muito pelo contrário. Escrevem para ele usar o SUS se apegando numa das falas infelizes deste presidente mítico na tentativa de combatê-lo não como um adversário honrado faria, mas como um adversário covarde e desleal, aproveitando-se do infortúnio que é ser vitimado de câncer. Escrevem para ele usar o SUS não porque se revoltam com a calamidade que ainda é o sistema de saúde público brasileiro e porque se preocupam com o brasileiro ferrado de cada esquina; fazem isso para ridicularizar um sindicalista, pobre e nordestino, que foi melhor que todos na presidência e é reconhecido internacionalmente por isso; porque não escodem a dor de cotovelo ao perceber que a posição da elite não é, na grande maiorias dos casos, por merecimento e sim por mera eventualidade; porque com a ascensão do torneiro mecânico que mudou o Brasil, perceberam que a mediocridade na qual vivem nem de longe faz merecer a posição social de prestígio que ostentam desde sempre neste Brasil banhado em sangue negro e indígena (como diria um certo Darcy); fazem isso porque Lula fez o brasileiro acreditar e a falta de esperança é o motor que alimenta a fogueira desta ridícula e prepotente elite brasileira. Afinal, o que esperar dessa gente senão a costumeira truculência com a qual se expressam desde priscas eras? Não é mesmo?</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Igor Augusto</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-83657772235563021912011-05-26T20:03:00.000-07:002011-05-27T10:45:35.638-07:00Sobre meninos e meninas<style type="text/css">
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<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">“Seu viado!” Caro leitor, deixe-me primeiro estabelecer um axioma neste parágrafo introdutório. A expressão entre parênteses constitui um xingamento na sociedade brasileira. Mas porque chamar alguém de “viado” (sendo fiel à pronúncia ) é um xingamento no Brasil? Pior, porque nós nos ofendemos com isso? Ninguém gosta de ser chamado de viado. Raízes históricas aqui não me interessam. O que interessa é dizer que o tal xingamento é xingamento porque ser homossexual na nossa sociedade ainda constitui anomalia, conduta fora da curva. E aí que digo: tal tratativa só será corrigida quando o homossexualismo for visto com naturalidade; não como prática obscura, das perversões noturnas, da sexualidade exacerbada nas esquinas mal cheirosas e mal iluminadas de nossas sacrossantas cidades. O homossexualismo só será visto como imanente à natureza humana ( a real e não a ideal dos credos religiosos) quando aprendermos que ela pode comportar um romance, uma paquera, uma união estável, um casamento, amor e ternura. Tal como acontece no exercício da heterossexualidade. Mas, caro leitor, também afirmo que uma ideia dessa assusta porque não é possível simplesmente ignorar o conformamento anti homossexual que recebemos de todos os lados desde que nascemos. A heterossexualidade como standard está incrustada na nossa consciência e é necessário um trabalho árduo para vencer o preconceito que brota dos nossos intestinos (Platão dizia que os sentimentos menos nobres vinham dessa região anatômica) quando o assunto é o homossexualismo. Eis, portanto, o axioma: só venceremos tal iníqua situação quando tornarmos a diferença um algo natural.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Tornar natural, hodierna, tranquila, ao meu ver, é o que justamente os vídeos componentes do kit anti homofobia (Torpedo, Encontrando Bianca e Probabilidade) do governo federal tentam fazer. É claro que assustam a primeira vista. Porque mostram com naturalidade o que nós fazemos questão de varrer para debaixo do tapete, de ignorar existência para nos sintamos bem, bons religiosos e destinados ao paraíso celestial. Como já disse, a conformação preconceituosa que recebemos da sociedade faz difícil este exercício de aceitação das diferenças. Eles são destinados para adolescentes, cursantes do ensino médio. Um deles mostra um menino que se descobre bissexual. Ora, bissexualismo não comporta lugar na sociedade? Não é fato que, por trás da hipocrisia que às claras só admite o que deus preceitua, o bissexualismo faz também parte da natureza humana, assim como a coloração da pele, as diversas alturas, as várias línguas? E por que devem elas ser banidas? Por causa da seletividade religiosa que acha muito mais fácil pegar um versículo anacrônico do velho testamento e impô-lo, deixando o mandamento mais radical e desafiador que Cristo enunciou para quando for conveniente? Os outros vídeos tratam de lesbianismo e transsexualidade. Faço valer para estes casos o mesmo comentário que fiz sobre o bissexualismo.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Digo para você, leitor, que são vídeos ternos, tranquilos e diretos. É de se esperar, portanto, a reação intestinal maciça da maioria das pessoas. Mas curiosas mesmo são as reações que pude encontrar no blog do Paulo Henrique Amorim. PH é um baluarte do combate ao mau jornalismo, ao corporativismo jornalístico vergonhoso, à atividade político-partidária vergonhosa empreendida por uma mídia elitista e corrupta. Seu blog abrigou importante centro de combate ao candidato Serra. Logo é um recinto da “esquerda”, se é que tal nomenclatura ainda faz sentido. Enfim, é o reduto da oposição ao machismo, ao elitismo, à homofobia. É o reduto da defesa pela emancipação das minorias, dos oprimidos, dos pobres. Interessante foi o modo como PH capitaneou a luta contra o candidato Serra e a maneira como denunciou a participação em atividades religiosas nas quais garantia o veto a propostas de cunho anti-homofobia. E seus leitores-comentadores apoiavam incondicionalmente. Faço este parênteses porque comentar justamente o comportamento de boa parte desse pessoal: totalmente reacionário em relação aos vídeos do MEC. Como entender isso? Os vídeos, como eu disse, vão muito além pois a pior agressão que a mentalidade espúria do preconceito pode sofrer é a verdade de que a diferença de cunho sexual pode ser tão ou mais amorosa que a velha e batida heterossexualidade. Diante de tal argumento apresentado nos vídeos, esse pessoal, outrora defensores da vanguarda contra o preconceito e oportunismo tucano, vestiu a carapuça do reacionarismo. Tudo porque, mesmo defendendo Dilma, o direitos dos pobres, nordestinos, negros , índios e adjacências, parece-me mesmo que para esse pessoal, os gays tem direitos desde que o gay não seja seu próprio filho, não seja da família. O gay tem direito de ser gay desde que não apareça,desde que não se manifeste. O pessoal que condenou o candidato Serra por seu moralismo de quinta categoria, diante da tentativa salutar de tratar o assunto com naturalidade, expõe o preconceito dissimulado pela aparência da vanguarda emancipatória, deixando escapar os sentimentos rasteiros provenientes do duodeno quando se pensa na possibilidade de se pensar em ter um filho em uma das situações descritas no vídeo. E contando que esses vídeos não constituem apologia porque se assim fosse, a apologia maciça que se faz hodiernamente a heterossexualidade seria capaz de demolir a homossexualidade. Não esquecendo também que as diversas opções sexuais existem desde sempre, para além dos ensinamentos obtusos e anacrônicos das religiões hipócritas.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Pode se objetar que o público não seria exatamente o mesmo que se manifestou no blog contra o candidato Serra e suas ideias, e de fato não deve ser mesmo. Pelo menos não exatamente as mesmas pessoas. Mas o público que acompanha continua o mesmo. E pela amostragem, mostrando um grande número de pessoas desaprovando os vídeos, não posso deixar de acreditar que, pelo menos, se tratam de pessoas componentes do público de PH e partidários das ideias de igualdade social promovidas pelo governo Lula/Dilma.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Trocando em miúdos, penso que este medo da tal apologia dissimula o horror destes pretensos defensores de direitos de que eles tenham a ter um filho gay. Repito: reconhecem direitos porque hoje, para quem tem o mínimo de brios, é feio fazer diferente. Mas fazem isso desde que o gay não aconteça dentro de sua casa, dentro de sua família.<br />
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É possível, ainda, estender esta crítica às demais pessoas que se manifestam nos espaços de comentários abaixo das notícias, como ocorre no UOL. A franca maioria aparece dizendo respeitar os homossexuais para em seguida usar argumentos sob os quais os vídeos seriam não só apologias, mas talvez uma imposição de foro íntimo (???). Meus caros, até a presidente da república, que muito respeito, escorrega feio quando afirma que tais vídeos seriam "propaganda de opção sexual". Pois ora, se passarmos Romeu e Julieta para os adolescentes conhecerem Shakespeare, estaremos diante de um monumento à humanidade, uma joia da literatura e do gênero humano como um todo. Se , no entanto, der na telha do educador exibir o Segredo de Brokeback Mountain, outra joia artística de sensibilidade ímpar, vejam bem, com a cena de sexo cortada (para acalmar os de alma sensível)! Só com as cenas de demonstração de afeto dos cowboys! Aqui , em vez de um amor bonito, teríamos, na opinião douta da presidenta, dos falsos apoiadores da diversidade e hipócritas de todas as medidas, propaganda de opção sexual! Um perigo para nossos pimpolhos, que correrão o risco de se tornarem seres pervertidos, heréticos, um horror. Temos propagandas ternas que mostram o amor heterossexual, e nada é dito sobre se fazer propaganda de opção sexual de modo a soçobrar a natureza homossexual, desrespeitando-a. Mas se temos vídeos de ternura homossexual, aí fazemos apologia, propaganda de opção sexual, tentativa de induzimento, destruímos a família, banhamo-nos no enxofre, suprema iniquidade!<br />
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É também curioso, voltando ao público de PH, que essas mesmas pessoas engrossam o coro do jornalista contra a imprensa brasileira de cunho golpista. E é curioso porque a Rede Globo, estandarte desta turma reacionária, tendo o papel que tem de conformar pautas sociais, de decidir o que se discute e o que se ignora na sociedade, não faz o mínimo esforço para acabarmos com esse preconceito estúpido. Quando o comentarista do site do PH fala algo como “os gays devem ter direitos mas isso não significa que ser gay é bom ou normal” está sendo mais um parceiro de estultice daquela mídia que este mesmo comentarista ama odiar.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">-------- </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
Outras observações:<br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Muito curioso também é o fato de que esse mesmo tipo de comentarista do site de PH entronizou uma espécie de cegueira para com o governo da situação. E tanto é assim que quando este mesmo PH critica o governo que ele próprio ajudou a eleger, realizando salutar tarefa democrática e republicana, chovem comentários dizendo que o saudoso jornalista “se vendeu”, que trabalha para o tal PIG. Meu caro leitor, parece ser fato que Palocci enriqueceu absurdamente tanto enquanto deputado federal quanto nos meses que se passaram da eleição de Dilma até sua posse na casa civil. Seria de se esperar que, pelo espírito republicano, este senhor viesse a lume explicar o que se passa com tanto dinheiro. A coisa engraçada foi o governo ter recuado atendendo exigência da bancada evangélica: ou cancela a distribuição desses vídeos heréticos ou levamos a diante uma investigação mais apurada contra o eminente ministro. Eis que então o governo resolve capitular. E isto é engraçado porque, nos comentários do site do PH, além das pessoas acusarem o PH de ter se vendido, alguns mencionarem que o Lula não erra (seria Lula ou um deus?), que Dilma também sabe o que faz, também usaram o episódio Palocci como se este fosse um perfeito bode expiatório para justificar a capitulação em relação aos vídeos anti homofobia. Se a presidenta sabe o que faz, se Lula também está livre de erros, manter o Palocci é justo e tal negociação com a renitente bancada evangélica teria vindo muito bem a calhar porque os vídeos eram, nas palavras de alguns também, “equivocados”. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Esta embricamento, feliz coincidência, da condição imposta pelos evangélicos para aliviar pro eminente ministro, é difícil de se analisar em sua inteireza e nem objetivo isto aqui. Mas que teve quem usasse de tal expediente para resolver dois problemas numa tacada só, teve! Como é possível se depreender dos comentários no site de PH.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Se o embricamento é complicado de se esmiuçar, claro como o dia numa manhã fria de sexta em Curitiba é o fato de que o princípio republicano que nos rege torna necessário que os administradores públicos prestem conta. Nem tudo que é legal é moral. E Palocci já foi defenestrado pela acusação de ter quebrado um sigilo de conta bancário de simplório caseiro. Fato é que tamanha quantidade de dinheiro brotando do nada na conta de um eminente ministro da casa civil não é algo que o brio republicano nos permita ignorar. Fato também é que quando este senhor se recusa a explicar, está cuspindo na cara de quem elegeu a presidente desta república federativa.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Quero lembrar aos senhores leitores que o mensalão, como diz propriamente Mino Carta, carece de provas mas que o financiamento ilegal de campanha se apresenta como calcanhar de aquiles da eleição de Lula em 2002. As investigações são muito claras em afirmar a existência desse financiamento ilegal que pode constituir crime de responsabilidade para o mandatário que dele se serviu para chegar ao posto mais alto do poder executivo brasileiro. Se já tivemos um Dantas, um Valerioduto e uma Erenice, não precisamos de novo de um pesadelo imerso em segredos e maquinações que são, do ponto de vista republicano, inadmissíveis. Concordo com o jornalista PH quando este diz que tanto dinheiro sem explicação levanta suspeitas até mesmo em relação ao financiamento de campanha de Dilma. Assim nós vemos que república mesmo, só no papel.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western">Termino dizendo que assim como o homossexualismo acaba sendo desaprovado inclusive por pessoas que se dizem defensores dos direitos gays (não são todos que são hipócritas assim, por óbvio), os bons valores republicanos são nublados por uma seita pró governo que não aceita críticas e parece confiar cegamente no que seus mandatários fazem. Algo que lembra aquela história que dizia mais ou menos assim: “não pense meu filho, deixe que o Führer pense por você”.<br />
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Remates sobre tudo isso que nos inunda olhos e orelhas parecem-me por demais complexos no momento, mas sei dizer que os valores pregados, em um caso e no outro, valem até serem barrados pela conveniência, pela tranquilidade do status quo, pela o exercício acrítico da cidadania política. E ao final, a alteridade e a república continuam atrás no placar; perdendo para outros elementos de obscura sensatez. </div><br />
<div align="JUSTIFY" class="western">IK</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-80901532489626499642011-04-10T18:14:00.000-07:002011-04-10T18:59:54.525-07:00Realengo<div style="text-align: justify;">Até tentei me conter mas não deu. Quero comentar o jornalismo de ótima qualidade da Globo em cima da tragédia carioca. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A tragédia é lamentável e a dor das famílias é algo aterrador. Mas as conclusões que se tiram do fato são ridículas. Teve de tudo: articulista falando de violência pós-moderna, aquela que não teria causa. Será?; Apresentadora de Jornal Hoje perguntando se não havia detector de metais nas escolas brasileiras! Sim, porque as escolas brasileiras são muito bem financiadas, os salários são ótimos para os professores, as condições de serviços, maravilhosas. Mas não é só isso. O que ocorre é que as escolas, segundo o próprio comentarista convidado pelo Bom Dia Brasil, ex-membro do BOPE, cada vez mais se abrem para a comunidade. Elas não devem se cercar como condomínio de luxos, devem entrar em simbiose com a sociedade; outra delicadeza intelectual é Bonner tratando a tragédia como problema de segurança pública. Pergunta: isto é corriqueiro no Brasil? Antes de sair culpando a segurança pública é importante saber que o assassino não invadiu nada. Era ex-aluno e se identificou na entrada. Havia ainda pedido histórico antes do acontecido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas não é tudo. O Fantástico deu realmente um show! Exibiu reportagem na qual simplesmente ignorou as menções a Jesus do assassino em sua última carta e focou na obsessão por Bin Laden. Por que será? Ignorou também uma susposta participação do assassino na Testemunha de Jeová? Por que será? De certo porque, como diz bem o grande intelectual da alcova Ali Khamel, não somos racistas e nem existe assassino movido por ideais sectarios, fundamentalistas de cunho cristão. Não há racismo no Brasil. Também não existem fundamentalistas cristãos. Muito menos a ponto de levar as últimas consequências os delírios solitários. O cara podia amar o Bin Laden e vibrar com homens bombas, mas também falou em Jesus. E é como se não houvesse possibilidade de haver ações violentas fundamentadas no cristianismo. Claro, as cruzadas foram um convite à fé cristã, educado naturalmente. É claro que não se trata de acusar vertentes cristãs, digamos, um pouco mais renitentes nos costumes, de incitar assassinatos de pequenos. Mas eu afirmo que há seitas de todas as religiões que oferecem ensinamentos pouco saudáveis que, na interpretação de um maluco, oferece o fundamento teórico e espiritual para se proceder a barbárie.<br />
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Quanto ao fascínio da Rede Globo pela obsessão de Wellington com Bin Laden e o islamismo é explicável porque, como nos ensina o solidário mundo ocidental, se tem assassinato com motivação religiosa só pode ser coisa de muçulmano! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vi o mundo trouxe entrevista com o especialista americano William Modzeleski em casos de chacinas promovidas por jovens e este diz: pouco importante é saber se o cara tem ou não doença mental. Os jovens matam, sejam mentalmente sãos ou não. A tese da globo é: diagnosticar o assassino como esquizofrênico e, literalmente, dizer que o bullyng sofrido nada teve a ver com o assassinato. Por que então ele resolveu matar na escola? Acaso? Diz o especialista americano que o mais importante é ouvir os sinais que essas pessoas dão: elas apresentam o desvio, publicizam isso. São as pessoas e instituições que não ouvidos. A própria reportagem global, através de depoimentos de colegas de Wellington, confirmaram as atrocidades às quais ele era submetido: era colocado na privada, puxavam a descarga, as meninas passavam a mão nele e depois o ridicularizavam. Então o assédio moral não teve importância Rede Globo? Resolveu ele mantar na escola e principalmente meninas por que Rede Globo? Porque o bullyng é irrelevante diante do quadro de esquizofrenia suposto? O próprio especialista responde: matam em escolas porque é lá geralmente que eles sofrem os traumas mais significantes, as violências perenemente fincadas no cérebro e na alma. Óbvio que podia ser doente, mas igualmente óbvio que ele deu sinais e ninguém ligou. Óbvio também que, a exemplo de Columbine, este rapaz sofreu crueldades e permitiram que assim acontecesse. A mesma Escola que hoje sofru a tragédia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Digo isso porque acho um estupro intelectual a Rede Globo pendurar a tragédia no pescoço da má segurança pública ( mas a escola tinha até circuito interno de tv!!) e exclusivamente na doença. Trata-se ao meu ver de uma confluência de fatores: o rapaz devia ter perturbações graves que foram potencializadas e, principalmente, direcionadas por violências sofridas quando cursava aquela sétima série naquele colégio de Realengo. Ignorar esta segunda parte é eximir a sociedade de sua responsabilidade. Pior: é anistiar as crianças que maltratam colegas, pais que apoiam ou se omitem em relação ao comportamento dos filhos, a insensibilidade que recai em parte significativa da instituição Escola e de seus funcionários, a consideração pífia destinada pelo poder público a educação brasileira que, em sua grande parte, tem professores em situação de petição de miséria para poder se preocupar devidamente com os alunos, problemas socias gerais de relevância, homofobia, Bolsonaros, preconceituosos de todo o gênero, a sociedalde individualista, egocêntrica. Afinal, ninguém tem culpa. Segundo a Globo, digamos o seguinte: quem mandou esse Wellington ter problemas de saúde? Quem mandou ele ser vítima de bullyng? Já que assédio moral não significa nada, quem mandou a escola estar naquela localização geográfica bem na hora? Será que as escola brasileiras são seguras mesmo?, pergunta a Globo. Ou não seria esta sociedade egoista e cruel demais para compreender um ser humano com problemas que prefere um caminho perigoso?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns me tacham de frio. Não é isso. Compadeço do sofrimento das famílias, mas a indiferença e a crueldade individualista matam muitos todos os dias. Creio que Wellington, ainda que seja uma aberração, um irregularidade na pacata curva brasileira, é um produto radicalizado da sociedade incrivelmente doente na qual vivemos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Igor.</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-83673575058553928772011-01-14T09:39:00.000-08:002011-01-14T09:46:02.253-08:00A queda da democracia<div style="text-align: justify;">Sinto que estamos perdendo a guerra para o setor conservador. A tragédia no Rio de Janeiro, desconfio eu, deve ter trazido alento ao governo de São Paulo estado e capital. Desviou completamente a atenção das cheias dos rios, da capital inundada, dos paulistanos à mingua. A mídia conservadora segue no seu intento de fazer valer sua verdade, a de que Lula foi o culpado pela tragédia carioca. Afinal, a União investiu pouco, a União não previne, a União se omite. Se os repasses constitucionais são feitos e o dinheiro é mal utilizado pelo governo do RJ e das respectivas prefeituras, isso não importa. O que importa é bater na figura mítica do Presidente e, quem sabe, como diz Paulo Henrique Amorim, armar a cama de gato para limar a esquerda do poder deste país. Mesmo que este país cresça e as pessoas parem gradativamente de morrer de fome. Mesmo que os jornais internacionais destaquem o programa Bolsa Família como um fenômeno de distribuição de renda, somente equiparável ao Oportunidades do Mexico. O que importa é manter a colonização: sempre há quem ganhe com a pobreza. Sempre há quem se ache superior. Pois não acho que uma sociedade igualitáriamente rica traria tantos entraves assim para os ricos, que ficariam menos ricos, mas nem tanto. O sentimento de superioridade sócio-racial é maior: sim, porque o branco rico é mais e melhor do que o branco pobre, que deve pertencer à uma estirpe que perdeu conexão com a linhagem cristã pura, daqueles que são abençoados. De resto, pobres brancos e negros, pobres em geral, não são dignos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não acho que, neste momento, os estudos sejam necessários. Estudos sempre são bem vindos, mas já temos o suficiente pra destrinchar o modus operandi dos inimigos da república, da democracia e da isonomia. Resta agora é agir. A tragédia do Rio de Janeiro, penso eu, faz aflorar o pensamento errático dos homens. Não escondo que movo uma cruzada contra a religião cristã, na maneira como é vivida, e contra a falta de apego à política, única forma de tirar as pessoas da miséria. No entanto, também reconheço as dificuldades de mobilização, de sair da inércia, de tentar bater de frente com o status quo: mudar a cabeça das pessoas é das mais ingratas tarefas. Os que sobreviveram às enchurradas do Rio não são abençoados por Deus, mas sim simplesmente sortudos. Benção não se distribui aleatoriamente ou por um merecimento ciclópico que leva a pessoa um pouco mais cuidadosa a se perguntar: a vida virtuosa tal como prega a religião me faz uma pessoa melhor a ponto de me escolher para a vida e condenar as outras, não adeptas, à morte? E como fica a morte dos adeptos? A frase mais perniciosa da história responde: pois Ele quis, pois Ele age de maneiras misteriosa, ou ainda que escreve certo por linhas tortas. Enquanto isso as pessoas chafurdam na miséria.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No mesmo país, São Paulo capital eleva o preço do onibus para 3 reais. Para se ter uma idéia, 0,80 centavos a mais do que o preço em Curitiba, a tal cidade modelo e maior engodo urbano produtora de aberrações políticas como Beto Richa e Cássio Taniguchi. O autobus de SP é para ricos, nem isso é para pobre. Pior é a forma como a PM paulista lidou com os estudantes que resolveram se manifestar contra este absurdo patético da prefeitura paulistana. Há o vídeo no You Tube e circulando pela blogosfera indenpendente, de alguns jornalistas corajosos. Trucuência policial não contra estudantes ranhentos, esquerdinhas ou maconheiros. É bala de borracha na democracia mesmo. Na república. Na isonomia, na dignidade da pessoa humana. Porque a polícia vira modo socialmente aceito de se sublimar o espírito cruel do ser humano, arranja-se uma forma aprovada socialmente para exercer o que, em outro lugar e em outra circunstância, é execrada de maneira intestinal pelos telespectadores (Alguém lembrou do Sandro que esqueceu a primeira metade do nome?). E contra quem violentar? Contra os estudantes vagabundos, contra os pretos malditos, os nordestinos sujos que votam por comida (e que motivo mais nobre teria?).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Realmente a cobertura jornalística das enchentes do Verão de 2011 ficarão para história: obras políticas protetoras dos interesses dos dominadores, dos corruptos. Uma completa lavagem cerebral na cabeça do povo brasileiro que, apesar de mais nutrido, continua lamentavelmente perdido e ignorante. É uma obra prima. A isto soma-se a repressão tucana aos manifestantes na capital, que ousaram expressar descontentamente com uma passagem de ônibus de 3 reais. O que é veramente um absurdo. Chamem o Totó, a Mariana Ximenes, a Maitê proença dos cabelos congelados, que até prefere um pouco de truculência machista para salvar o Brasil da Dilma, a comunista comedora de criancinhas! Penso que há uma guerra neste Brasil. A guerra é por poder, e quem a alimenta é o povo ignorante e ignorado. E a cada vez que assistimos os mesmos programas e nos recusamos ao protesto, mesmo que ínfimo e de caráter estritamente subjetivo, interno á consciência, colaboramos com o projeto de dominação. Não é questão de radicalizar, mas questão de ter consciência e conversar com as pessoas. Pois a palavra é, acredito, a arma mais importante. O mal é sempre o que saí da boca, tanto o mal para o justo quanto o mal para o injusto que, por lógica, é um bem. Mas a guerra não vista é a pior: não mobiliza. O estado de torpor continua.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-33358593157787116082010-12-28T12:11:00.000-08:002010-12-28T12:11:12.852-08:00O Som da Montanha<div style="text-align: justify;">Kawabata, ao que me parece, é adepto dos sonhos. No romance que terminei de ler ontem, intitulado O Som da Montanha, os sonhos são sempre recorrentes. O personagem principal, Ogata Shingo, tem sua vida apresentada ao leitor como se você cenas de sua vida, em especial, sua velhice. E os sonhos estão sempre lá, ocorrendo surdos na noite, mediando e, não raro, dando subsídios aos nomes dos capítulos. Kawabata é um mestre da sutileza, das metáforas sensoriais inusitadas. O livro em questão não nos leva a um conhecimento exaustivo da vida do personagem, ao contrário, somos convidados a assistir certos recortes de sua vida já na terceira idade; isto me parece evidente até mesmo pelo desfecho da história.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sofre o personagem de dores, esquecimentos, visão cansada e todo o tipo de incômodos trazidos pela decripitude física que o próprio Shingo faz questão de mencionar várias vezes no romance. Minha intenção não é fazer uma análise completa nem uma resenha da obra. Quero ressaltar apenas as minhas impressões e a admiração pelo estilo do autor. Penso que o tema principal seja, além da velhice e da morte, o amor puro, incondicional, que de tão imaculado nem é percebido. Acho que fica evidente este caráter quase imanente e, portanto, latente de um sentimento que a obra vai cozinhando do começo ao término, até culminar em um clímax que, de tão sutil, parece um anti-climax ou nem um nem outro parece.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Chama atenção também a forma como Kawabata desnuda a vida perfeita que a chamada vida civilizada põe como protótipo a se seguir por toda a família, de modo a automatizar um sentimento de que a família é inexorável, imune ao tempo e às tempestades, vivendo felizes para sempre. A família de Shingo é errática, sua esposa é feia, sua filha mais feia ainda. Seu filho teve o caráter distorcido pelo front de guerra enquanto sua nora, e a quem assiste Shingo, sofre impotente o afastamento do marido, este último alimentando uma relação extraconjulgal. Inclusive a feiura é tratada de modo cru quando Shingo reflete sobre a infelicidade da filha. Nada é bonito nem perfeito. A perfeição me parece ser seguir com dignidade apesar dos percalços e do desencaixe com a moral vigente. Em último instância, não me parece uma crítica à moral, mas antes uma visão condecendente com a miséria humana, que tanto quer ser sem conseguir acontecer.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por último, e eis a verdadeira genialidades, a beleza na tristeza, tal qual o autor já nominava outra obra, que transparece em OsdM: a maravilhosa cena na qual Shingo observa o gigantesco girassol, depois este caído em função da tempestade, a experiência de vislumbrar no rosto de Kikuko uma máscara de Nô ganhar vida, fazendo-o observar cada traço do movimento, os sucessivos sonhos com mulheres mais novas, a impotência diante do tempo que passa fulminando a tudo e a todos, a ternura guardada só para si que transparece em laivos. Mostra, enfim, a naturalidade da natureza humana, que apesar da aparência de indelevel sustentada aos trancos, guarda em si os mais incompreensíveis e estarrecedores sentimentos e instintos.</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-10254966899489540912010-11-02T20:01:00.000-07:002010-11-02T20:02:24.839-07:00O Sul (compreende o Sudeste) é o meu país!Como diria Jesus, o ungido; atemporal:<br />
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"Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" Lucas 23-34<br />
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<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tCORsD-hx0w?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tCORsD-hx0w?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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Por:<a href="http://www.youtube.com/user/juliquinhafreitas"> <i>juliquinhafreitas</i></a>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-73373032256783101422010-11-02T14:13:00.000-07:002010-11-02T14:13:20.548-07:00Cenas de uma guerraJosé Dirceu foi entrevistado no dia 01/11/10 no programa Roda Viva.<br />
Não vou nem comentar essa entrevista. Há de se ter estômago com a imprensa. Vamos lá.<br />
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<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LAuHQZL00LI?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/LAuHQZL00LI?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-OU7sACet8o?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-OU7sACet8o?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/C77Y1qhDlcE?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/C77Y1qhDlcE?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/R9moJSkqq4Y?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/R9moJSkqq4Y?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-6892470878001066682010-10-31T16:27:00.000-07:002010-10-31T16:28:10.548-07:00A primeira mulher presidente do Brasil!Parabéns a Dilma e a todos que acreditaram nesta candidatura.<br />
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Verdade wins!<br />
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A vida da presidente será difícil tendo em vista a virulência que pude acompanhar dos comentaristas e pseudojornalistas da Globo News.<br />
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Mais uma derrota para oposição colonizadora e a mídia fraudulenta.<br />
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Mas não acabará aqui o embate, com certeza, não acabará.Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-23710776359081386072010-10-31T07:16:00.000-07:002010-10-31T07:17:11.521-07:00SintomáticoSexta-feira, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, apareceram dois chefes indígenas na aula de antropologia: um da fronteira com a venezuela, da região conhecida como "cabeça de cachorro", e outra, uma mulher, do Equador. Conversaram, expuseram toda a luta e sofrimento dos seus povos. A certo ponto, o primeiro disse: "Para preservar nossa cultura, precisamos que respeitem nossas terras. Afinal, nenhum índio pediu para que fosse cuidado por um branco." Também mostrou objetos indígenas e, no meio destes, duas figuras interesssantes: uma bandeira do <b>PT</b> e outra da <b>Dilma</b>. Ambas enormes. A explicação: "Pedi a meu filho que colocasse as coisas que ele mais gostava. E no meio das coisas da nossa cultura, ele colocou essas duas bandeiras. <u><i><b>Por que será</b></i></u>?"<br />
<br />
Faltam poucas horas...Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-90310040300709408142010-10-30T15:41:00.000-07:002010-11-05T20:31:55.966-07:00Verdade Vs Mentira<div style="text-align: justify;">OBSERVAÇÃO<br />
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Quero fazer deste post um memorial em homenagem ao ímpeto colonizador e à mídia que o apoia. Contra, precipuamente, a memória curta da história brasileira. Por isso será editado assim que eu lembrar/souber de novas notícias.<br />
<br />
*** Editado em 06/11/10<br />
<br />
Saiu o laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo constatando que a pane no metrô de São Paulo, no dia 21 de setembro de 2010, foi causada pela superlotação em uma das composições, que acionou um switch responsável por fazer o trem parar de andar. Este switch é acionado quando a porta está aberta. A superlotação pode ter feito duas coisas: a pressão das pessoas dentro da composição pode ter forçado a porta e disparado o switch ou alguém pode ter esbarrado no botão que também impede o trem de andar. Tiro duas conclusões: 1. governo inepto de São Paulo mostrando sua total falta de capacidade em administrar a coisa pública; 2. Queda de credibilidade deste mesmo governo, que na pessoa de Alberto Goldman, insinuou ter sido o incidente fruto de sabotagem. Veja <a href="http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2010/11/03/ult4469u64359.jhtm">aqui</a>.<br />
<br />
Dossiê anti-Serra. Polícia Federal desmente as ligações supostas do PT com a feitura do dossiê contra Serra e seus correligionários e parentes. Comprova-se que quem encomendou o dossiê foi Aécio Neves. Neste caso o dossiê foi arma em uma disputa fratricida dentro do tucanato. No entanto, manchete do jornal O Globo liga, sem transparecer nenhuma dúvida, a ligação da campanha de Dilma com o dossiê. Veja <a href="http://www.vermelho.org.br/rj/noticia.php?id_noticia=139924&id_secao=101">aqui.</a><br />
<br />
*** Fim da edição<br />
<br />
Post Original: <br />
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Meus caros, sei que apenas poucos e diletos companheiros acompanham este blog mas mesmo assim vou oferecer mais uma contribuição pessoal para a campanha de Dilma. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quem anda de mãos dadas com a oposição?<br />
<br />
Começo com os factóides globais. Quero recuperar o escândalo da suposta pressão que Dilma Rousseff teria feito na então secretária da Receita Federal Lina Vieira para que "agilizasse" investigações. O dado concreto é que a data fornecida por Lina Vieira na qual teria havido o suposto encontra com Dilma foi objeto de investigação da reporter Cynara Menezes de Carta Capital que provou ser impossível um encontro das duas no dia mencionado. A acusação, como sempre, foi esquecida sem maiores problemas ou retratações. Na mesma época, Lina Vieira foi demitida pelo Ministro da Fazenda por ter aplicado uma multa na Petrobrás sem seu conhecimento. A causa da multa seria uma suposta mudança ilegal de regime propalada por todos os jornalões conservadores. Ver aqui <a href="http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/07/10/multa-petrobras-derruba-secretaria-da-receita-federal-756772437.asp">http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/07/10/multa-petrobras-derruba-secretaria-da-receita-federal-756772437.asp</a>. O que ocorre é que, em entrevista à Monica Waldvogel, no programa "Entre Aspas", falou o ex-secretário da Receita Federal, da época do FHC , Everardo Maciel. Não sei o que ela esperava dele. Talvez ela pensou que em tendo sido subordinado de Fernando, Maciel compactuaria com o factóide. Mas não foi isso que ocorreu. Desmentido o factóide e, diante de uma aprensetadora totalmente aturdida e contrariada, viu-se a esperança da oposição em tentar enterrar a Petrobrás na lama ser destruída. Sim, porque a oposição encabeçada pelo PSDB procurou usar a mudança de regime tributário, denominada por eles de "<b>manobra contábil</b>", como motivo de instauração de CPI no congresso. Aqui vai o vídeo do programa em questão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/dR9702UZU3Y?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/dR9702UZU3Y?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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</div><div style="text-align: justify;">Em um exemplo mais recente, tivemos a tentativa de tentar colar a pecha de violentos nos militantes do PT. É claro que tem gente idiota em tudo quanto é lugar, tanto no PT, quanto no PSDB, quanto na esquina. Mas como proceder a isto? Com fraude? O JN gastou sete minutos para tentar mostrar que José Serra tinha sido vítima de agrassão. Bom, parece-me que não foi bem assim. Como diz o vídeo, se Serra foi vítima, não é o vídeo mostrado pelo JN que mostra isso. Registro também o relato de um contato do Azenha que conta sobre a vaia que os próprios jornalistas do escritório paulista da Globo deram ao ver a macabra tentativa fraudulenta da Globo de tentar atacar seus opositores. O vídeo é do YouTube e só resta agradecer a quem o editou. A saber:</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/CwcIELvBCXA?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/CwcIELvBCXA?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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</div><div style="text-align: justify;">E por falar em fraude, um exemplo mais cabal ainda, veiculado pela Channel 4, canal televisivo britânico, é possível ver a movimentação funesta da organização de Roberto Marinho quando o assunto é derrubar opositores políticos. Trata-se do documentário "Beyond Citizen Kane" sobre o modo de ser da Globo. Aqui vai o trecho concernente à disputa eleitoral de Lula e Collor, em 89.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/raRHnmif7js?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/raRHnmif7js?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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</div><div style="text-align: justify;">Também sabemos o comportamento da mídia golpista em tentar novamente diminuir seus opositores, só que agora através da omissão: 7 minutos para provar um objeto de dois quilos, segundo o democrata Índio da Costa, acertando o cocoruto de Serra e nada em relação ao cordão de petistas que permitiu a passagem de uma carreata Serrista incólume durante o encontro desta com a carreata de Dilma em Diadema. As comparações a Hitler são um plus da fineza tucana. Senão vejamos na reportagem da Record:</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9Gs_85bRZcw?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/9Gs_85bRZcw?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Tanta polêmica em torno do aborto. Tivemos José Serra comungando em Aparecida. Tivemos até Monica Serra comentando que Dilma é a favor de "matar criancinhas". Os patrícios globais, no entanto, esconderam a suprema contradição: Monica teria feito um aborto. Muito estranho porque ela deveria saber mais do que ninguém o que é o sofrimento de ter de fazer um aborto, o tormento psicológico que acompanha tal decisão. Deveria saber, portanto, que isto é um problema de saúde pública. Deveria comungar do mesmo interesse em oferecer à mulher em tal situação tratamento e não cadeia. Mas não é o que aconteceu. Instrumentalização da religiosidade e da dor alheia a favor de uma campanha suja e fascista. E a Globo nem tchum para a revelação que Monica Serra teria feito em sala de aula para suas alunas. Espiem:</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/evkvyfqIAuU?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/evkvyfqIAuU?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Por falar em aborto, gostaria de também de indicar um artigo de Leonardo Boff sobre a recente intervenção do Papa nas eleições brasileiras. Tomo para mim a ousadia de reproduzir um trecho ESCLARECEDOR do artigo, repassado por Luiz Carlos Azenha aqui <a href="http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/leonardo-boff-aborto-e-o-papa-e-importante-nao-sermos-vitimas-de-hipocrisia.html">http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/leonardo-boff-aborto-e-o-papa-e-importante-nao-sermos-vitimas-de-hipocrisia.html</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"É bom que mantenhamos o espírito crítico face a esta inoportuna intervenção do Papa na política brasileira fazendo-se cabo eleitoral dos grupos mais conservadores. Mas o povo mais consciente tem, neste momento, dificuldade em aceitar a autoridade moral de um Papa que durante anos, como Cardeal, ocultou o crime de pedofilia de padres e de bispos." <i><b>Revelador. </b></i><br />
<br />
<br />
A Globo e a Veja são a ponta da lança do fascismo brasileiro. Dos sentimentos colonizadores da elite branca e perfumada contra a maioria brasileira que luta para ter saúde dentária. Aqui temos um exemplo de como a Globo se comporta como partido político. A questão não é malevolência de assumir um lado; é, de outro modo, dizer-se imparcial e acima de interesses partidários quando não é. Aqui temos um exemplo dessa contradição. Vale dizer que a Globo e a Veja vão além, partem para "manobras jornalísticas", para usar o jargão de O Globo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Versão Record </div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Pug_mWvqq_k?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Pug_mWvqq_k?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Versão Globo para o mesmo fato</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tS1zLgeQnEY?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tS1zLgeQnEY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">De outro lado, temos a inevitabilidade e inexorabilidade dos fatos. Quero agora falar um pouco sobre a conjuntura sócio-econômico, que já prometi há dias atrás. Disse acima que utilizaria mais imagens do que palavras, mas isto me parece meio difícil. Sem rodeios: <i><b>Lula</b></i> pode ser o que <i><b>Franklin Delano Roosevelt </b></i>foi para os EUA, vale dizer, um paradigma político que deu o ponto de partida para a transformação de uma sociedade miserável em sociedade , senão de absoluta, devido a contingência da realidade, mas de predominante similutude de condições materias decentes para seus cidadãos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Aqui são importantes as idéias de John Maynard Keynes, eminente economista inglês, altamente empregadas como solução de depressões econômicas, levadas a cabo por Roosevelt durante a grande depressão americana, que consistem no seguinte: deve-se, sobretudo, colocar dinheiro na mão do povo, procededendo à construção de obras públicas para gerar emprego, promovendo transferências de renda, o pleno emprego, etc. Ele usava inclusive uma alegoria para explicitar a importância da ação do governo: a de que o governo deveria colocar dinheiro dentro de garrafas e lançá-las ao mar se fosse o caso; o importante era o Estado não ficar parado. Pois que parece a vocês leitores? <i><b>Alguma semelhança com o PAC e o Bolsa Família?</b></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em artigo publicado na revista Piauí, André Singer esmiuça a comparação com riqueza de detalhes que não deixam dúvida. Gostaria de destacar o trecho em que ele diz que, se o esforço lulista for bem sucedido na continuição com Dilma, retomaremos ao horizonte interrompido pelo de 1964. Vale dizer, que nos 40 que se seguiram, com ditadura militar e governo neoliberal tucano, tivemos aumento da pobreza e queda do salário mínimo, ou seja, começamos a regredir. Só agora temos a chance de chegar onde estávamos em 1964, com uma equiparação do salário mínimo ao nível daquela época e equiparação do nível de pobreza ao dos anos 60. Conclusão: 40 anos perdidos. Pergunto aos militares, mas só aos recalcitrantes: revolução de 1964 meus senhores? <u><b>REVOLUÇÃO?</b></u></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Confiram a íntegra no site da revista Piauí: <a href="http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao_49/artigo_1432/O_lulismo_e_seu_futuro.aspx">http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao_49/artigo_1432/O_lulismo_e_seu_futuro.aspx</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para sedimentar os avanços acima expostos, com a palavra, Joelmir Beting:</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/PIc6t_UOBp8?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/PIc6t_UOBp8?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
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</div><div style="text-align: justify;">Dilma aparece como a continuação de tudo isto. É, portanto, hoje, a melhor opção.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Gostaria de terminar com o discurso, retirado do site oficial da candidata, de Leonardo Boff e a ponta de Chico Buarque no ato das eminências culturais a favor de Dilma Rousseff no Rio de Janeiro. Para lembrar que nem só de ecologia espacial vive o homem, mas também de ecologia social.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/reuczA7VMc0?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/reuczA7VMc0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="470" height="300"></embed></object><br />
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;">Sem mais, que a verdade vença a mentira. <u><i><b>Bom voto!</b></i></u></span>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-21904119602775887562010-10-29T06:30:00.000-07:002010-10-30T17:20:37.936-07:00Motivação justaEstudantes explicam porque votar no Serra!<br />
<i>Fonte: youtube</i><br />
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<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/obuafIUdG30?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/obuafIUdG30?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="500" height="300"></embed></object><br />
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<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LHkwrNjHRp8?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/LHkwrNjHRp8?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="500" height="300"></embed></object><br />
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<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Gd1nx2Joa0Q?fs=1&hl=en_US"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Gd1nx2Joa0Q?fs=1&hl=en_US" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="500" height="300"></embed></object>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-62927529268456742542010-10-27T20:19:00.000-07:002010-10-27T20:20:32.577-07:00TítuloPessoal, mudei o título porque de repente me ocorreu que era demasiadamente grande e podia passar um ar pretensioso ao invés de ser inovador/cáustico/descolado. Enfim, achei ele brega e mudei. Nada mais a declarar.Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-51554375268810506562010-10-27T20:03:00.000-07:002010-10-27T20:21:06.593-07:00IndicaçõesBela crônica sobre o aniversário do nosso estimado Presidente feita pelo Prof. Guilherme, explicitando a marca indelevel deste fabuloso brasileiro deixada na vida do autor.<br />
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Confiram em<br />
<a href="http://prof-guilherme.capesp.org/?p=688">http://prof-guilherme.capesp.org/?p=688</a>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-2078466311607951602010-10-23T19:05:00.000-07:002010-10-24T11:51:09.446-07:00O que não se quer à vista 2<div style="text-align: justify;">A aparição de Leonardo Boff na breve estada de Dilma Rousseff em Curitiba me lembrou uma série de raciocínios que acredito serem interessentes para o período em que vivemos. Isto envolve um dos temas que eu mais gosto: a religião. Em um escrito fantástico, que na verdade é uma transcrição de uma conferência, presente no opúsculo "Tempo de Transcendência", Boff explicitou muitas das idéias que me causaria grande impressão desde então. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Deixando claro que vou me referir precipuamente ao cristianismo brasileiro, quero usar dois conceitos apresentados por Boff na obra mencionada para trabalhar a conjuntura sócio-política atual: refiro-me ao binômio epifania/diafania. Este dualismo representa maneiras opostas de se enxergar a existência de Deus, dois tipos distintos de exercitar a religiosidade. A epifania, de longe a predominante em todos os tipos religiosos, é aquele fundamento que coloca Deus no exterior. Nas palavras de Ludwig Feurbach em "A Essência do Cristianismo", o viés epífano postula um Deus "diverso do ser pensado, um ser exterior ao homem, ao pensamento, um ser real, um ser por si." O que Feurbach afirma é a cisão entre homem e Deus, o segundo estando na exterioridade, existindo sem que o primeiro exista, entidade diversa e independente. Pois a epifania é justamente a aparição do divino. Assim, em um modo epífano de viver a religiosidade, esperamos o Deus que está lá fora, esperamos a sua bênção, a sua mão abençoada a nos acalmar, seus gestos a nos impulsionar frente a uma dificuldade. Já a versão diáfana da religiosidade é de todo modo diverso: Deus não está lá fora, mas está dentro de nós, dentro de cada pessoa. Aqui demanda-se justamente que toda a bênção seja fruto de uma ação humana, Deus não se manifesta independentemente já que se produz a partir do ser humano. Metaforicamente é a divindade "saindo" do ser terreno, a materializar-se, de forma agora palpável, sob a forma de atitudes através da transparência humana. O ser humano torna-se transparente para que Deus se manifeste através do primeiro. Daí a denominação diánafa, vale dizer, aquilo que permite a passagem da luz, literalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Diante dessas duas premissas, acredito que o viés epífano da religiosidade, embora não signifique necessariamente tudo o que vou dizer, é de fato eivado de um vício fatal: a passividade. Explico: se Deus é externo a nós, então todas as benesses são esperadas dele, ou seja, da exterioridade, de um canal praticamente e literalmente extraterreno. A lógica do milagre é um bom exemplo disso, como nos diz Feurbach, sendo uma total negação do processo vital. O milagre, segundo este autor, é um pulo de etapas necessárias a consecução de algo ou a criação de uma etapa logicamente impossível. Usando sua metáfora: sendo a vida um círculo no qual viver é percorrê-lo, o milagre é como pretender chegar a dois pontos deste círculo através de uma linha reta (milagre) e não atravẽs da linha circular (a vida em comum). Se Deus é externo, eu peço as bênçãos e espero. É claro que não há uma total inércia do indivíduo e muitas vezes o que é fruto de seu trabalho é tido como uma bênção. Também não nego a existências de milagres porque só a onipresênça e a oniciência me permitira tal posicionamento; apenas quero explicitar uma consequência prática da passividade. O que importa, fundamentalmente, é que na epifania, o louvor a Deus fica em primeiro plano, sendo que a solidariedade acaba sendo encarada apenas como dever secundário, de muitíssima importância, pelo menos teoricamente, mas sempre aquém do dever de amar a Deus sobretudo. Há atividade para louvar o Deus externo, sobrando a passividade para os nossos iguais. O motivo pelo qual a epifania conduz a viver o amor secundariamente relatarei em seguida. Quero fazer ressalvas aos movimentos religiosos extremamente salutares na feitura de caridades, mas aqui falo não de alguns núcleos religiosos esclarecidos e sim levando em conta o grosso dos que se intitulam religiosos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se minha religiosidade é diáfana, no entanto, louvar a Deus é, inexoravelmente, amar o próximo, ou, nas palavras de Boff no ato das eminências culturais a favor de Dilma no Rio de Janeiro, "praticar o evangelho da solidariedade". Se Deus está presente em cada um e em mim, firmam-se as seguintes premissas: (1) Deus só se manifesta se eu for solidário, (2) só é possível louvar ajudando o próximo, já que Deus está também nele. Vejam vocês que nesta linha de espiritualizar não sobra espaço, ou este é deveras reduzido, para a louvar um ser externo e estranho a mim e aos outros seres humanos, que não precisa necessariamente de nós para existir. Louvar Deus é necessariamente agir solidariamente com o próximo. Não há alternativas. Na diafania, milagre não é excluído, mas, se acontece, faz parte de um processo de entrega humana muito maior. Em suma, praticar a religião é expressar o que há de divino em você e isto se faz praticando o que de mais sagrado e nobre há para o cristianismo: o amor. E este amor não é sozinho. Não se ama sozinho. É um verbo necessariamente transitivo! A intrasitividade do verbo amar nos conduz a uma solidão avassaladora, como nos contaria Mario de Andrade em belíssimo romance.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois agora, chego ao ponto crucial da questão. O Deus epífano, exterior que é, como qualquer um acima na hierarquia, exerce, ou pode exercer, indelevelmente, autoridade. E eis a consequência fatal do vício fatal: a potencialidade de manipulação. Se Deus é externo, ele pode ser qualquer coisa. A solidariedade pode perfeitamente ser relegada a um terceiro plano. E se Deus pode ser qualquer coisa, quem vai ditar o que ele é, o que ele significa, e, afinal, o que ele diz, o que ele sentencia, o que ele ordena? Se Imannuel Kant, nos idos do século XVIII, clamava para que o povo chegasse ao esclarecimento (Aufklärung), sendo isto, basicamente, a capacidade de pensar por si próprio e discutir principalmente os dogmas em geral, fica claro que nos tempos atuais o objeto do clamor ainda é perfeitamente o mesmo. Os dogmas não se discutem, as idéias são impostas, não há pensamento autônomo e a massa religiosa fica a mercê de quem comanda, não uma religião, mas a instituição política na qual se transformou a religião, pelo menos no Ocidente. Deus é o que os pastores, padres, bispos, Papas e demais autoridades dizem que é. Porque ele é externo e, portanto, apropriável. Ao contrário, parece-me, que a única autoridade do Deus diáfano é a autoridade do amor e da solidariedade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vejam que eu não reputo o Deus epífano como necessariamente maléfico mas afirmo sim, com extrema segurança, que tal viés é extremamente frágil, sucetível de apropriações em função de objetivos escusos ou a fundamentalismos. Os líderes religiosos passam a movimentar as massas que, passivas, assistem e aderem ao espetáculo que, muitas vezes, emerge com laivos de indiscutível perversidade e crueldade. E isto porque o mais importante mandamento de Cristo é extremamente difícil e requer atividade e não passividade: amar o próximo, muitas vezes, beira os limites da abnegação, do extremo despreendimento, da incondicionalidade. Efetivá-lo muitas vezes é das tarefas mais hercúleas. Se Deus já é externo e me encontro em posição passiva, amar é uma coisa difícil que tem espaço somente na leitura bíblica e na confraternização entre os membros da própria igreja, ou às vezes nem isso. Se amar passa a ser algo indigesto, como louvar o Deus epífano? Resta basicamente seguir regras de moral inscritas no livro sagrado que, é bom lembrar, é de certa antiguidade. O notável professor de filosofia da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná Celso Ludwig dá uma breve e competentíssima explicação acerca deste assunto. Diz o mestre que "fazer uma leitura anacrônica de algo antigo é lê-lo como se lia à época de sua criação. De outro modo, fazer uma leitura diacrônica e diatópica é ler algo antigo atualizando-o de acordo com o tempo em que a leitura é feita." Ora, temos que, na maioria dos casos em tela, a leitura de tais regras morais eleitas pelos fiéis é de um anacronismo rasgado. E tais regras, para a tristeza de Kant, jamais são discutidas. Sobre isto, Celso Ludiwig diria que "o fundamentalismo é uma atitude sobre os fundamentos de algo. Basicamente é ler os fundamentos como dogmas, leis sobre as quais não nos é dado discutir". Soma-se então o anacronismo, fundamentalismo e imposição e temos a fórmula das tragédias religiosas ao longo das eras. A tolerância, no caso em tela, é o único freio para impedir a crueldade. Temos aqui a resposta para o porquê do amor ser vivido secundariamente sob a influência do Deus epífano.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em uma vivência religiosa na qual o amor aparece em posição de menor importância, é necessário eleger critérios para distribuição de benesses por parte do Deus epífano, exterior. Serão as regras morais, de condutas, todas carregando em seu bojo as características descritas supra. Por conseguinte, melhor cristão será aquele que melhor atende às condições estabelecidas neste esquema de mérito e, como não se tratará obviamente da conduta solidário-amorosa, serão aqueles mandamentos morais que os líderes escolherem. Para a diafania, não há escolha: o louvor é a ação solidária, a amizade e o amor. Se Deus está no outro, só no outro é que encontrarei o divino. Ao contrário da epifania, que deixa escolhas na quais geralmente se prefere, entre o certo e o fácil, o caminho menos espinhoso; escolhas estas passíveis de desvios de cunhos dos mais diversos possíveis, nem sempre saudáveis. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">*</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Disse que esta discussão se ligaria à conjuntura sócio-política da atualidade e agora pretendo demonstrar esta conexão. Acredito ser possível entender a onda de fundamentalismo e ódio religioso movidas contra a candidata do PT se entendermos a função religiosa nos moldes do esquema epifania/diafania. <u>Aqui, de modo algum quero identificar Dilma Rousseff com qualquer tipo de messianismo ou de ligação com salvação.</u> Quero, contudo, afirmar minha crítica a este modo pouco produtivo, pouco inteligente, pobre e potencialmente cruel de viver a religiosidade, sobretudo a religiosidade cristã no Brasil. Forma esta que não somente propicia mas como convida ao ensetamento de práticas de perseguição cruéis, não só contra a candidata do PT, mas contra gays, lésbicas, não dizimistas, divorciados, mulheres que abortam e todo o tipo de gente que não se enquadra nos termos morais eleitos como chave do portão do Éden.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">*</div><div style="text-align: justify;"><br />
Em tempo 1<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Quero parabenizar a Carol por ter abraçado (duas vezes) e ter tido um dedinho de prosa com este sujeito admirável que é Leonardo Boff na esquina do prédio histórico da UFPR, no, que já é notório e festejado, dia 21/10/10. Queria ter estado presente mas, de alguma forma, senti que me fiz presente através dela.<br />
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Em tempo 2<br />
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Quero também agradecer a manifestação de apreço por parte do Prof. Guilherme e dos demais colegas que se aventuram por aqui. E por falar no Prof. Guilherme, indico para leitura sua ótima e sucinta análise de como se deve ler, saudavelmente, o bolinhagate: <a href="http://prof-guilherme.capesp.org/?p=619">http://prof-guilherme.capesp.org/?p=619</a>. Também parabenizo a feitura do manifesto pró-Dilma em Mongaguá! Que venham dias melhores!</div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-10005534474134166302010-10-17T20:10:00.000-07:002010-10-18T18:00:25.214-07:00O que não se quer à vista<div style="text-align: justify;">Caríssimos aventurosos, não sem certo atraso, reconheço, aqui vai o meu agradecimento ao Prof. Guilherme pela força dada para este blog. Fica também a recíproca desde já estabelecida. Recomendação para leitura de alta qualidade, confiram: <a href="http://prof-guilherme.capesp.org/">http://prof-guilherme.capesp.org/ </a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E agora, sobre a eleição, que é o assunto tormentoso do momento. Falar por partes, para não cansar (muito) , e diretamente também: Porque não votar em Jose Serra? Vejamos, Serra implodiu a educação paulista (ver informações de quem literamente está por dentro da educação paulista no blog citado supra), bateu em professor, botou a polícia dentro da USP, bateu em policial. Além disso exalta-se como mentor máximo dos genéricos quando, ao meu ver, tinha te dividir a importância, pelo menos, nesta implantação com as tentativas de Eduardo Jorge em 1991, Jamil Haddad no Decreto 793 e o mesmo Eduardo Jorge na lei de 1999. De certo que foi um esforço; no mínimo uma construção coletiva através do espaço/tempo. Serra teve um papel importante nesta história, mas daí o candidato tentar se arvorar em algo que personifique a imagem de herói, de suprassumo, em detrimento dos demais artífices, soa um pouco forçado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O candidato também carrega nas costas o fato de terem sido apuradas compras superfaturadas de ambulâncias sob os auspícios do Ministério da Saúde durante sua gestão. Além disso, temos a questão "Paulo Preto", denunciada por tucanos, em um genuíno fogo amigo, acusado de: (1) arrecadar dinheiro de caixa dois para campanha tucana; (2) sumir com o dinheiro desse caixa dois; Ainda, segundo auditoria da Fiscobras, era responsável pela fiscalização de obras no estado de São Paulo sobre as quais chegou-se à conclusão de que houve superfaturamento escandaloso, na ordem de 32 milhões de reais. Adiciona-se ainda que, na operação Caixa de Pandora, engendrada pela Policia Federal, apurou-se que no esquema de corrupção envolvendo o renunciante Arruda no Distrito Federal, há fortes suspeitas de que os pagamentos vultuosos de propina eram feitos para o Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de Serra, e Agripino Maia, parlamentar do DEM, aquele partido ex-PFL e, antes, ex-Arena, partido geminado aos torturadores, autoritários, estupradores, criminosos de lesa humanidade, etc., Agripino Maia, aquele mesmo que quis fazer a mentira perante a tortura parecer vergonhosa, sendo posteriormente trucidado por uma Dilma Roussef muito mais solta e espontânea. Pois este mesmo senhor aparece agora puxado pelo vácuo do obscurantismo ético e legal provocado pelo governo de Arruda. (Verifiquem Carta Capital 618 para mais informações)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É isto que José Serra representa, mas não somente isso. Poderia se objetar que para um Paulo Preto tucano, há uma Erenice petista. E de fato é verdade. Parece-me que a corrupção, apesar de toda a luta, continua endêmica no Brasil. E o PT fez pouquíssimo para mudar a conjuntura e isso quando não contribuiu para o lado contrário, com o caso de caseiros Francenildos e campanhas de caixa dois com Valérios da vida. Mas uma coisa não se pode negar. Acredito haver gente boa neste governo, apesar da inércia, do clientelismo, do fisiologismo. E a prova maior disso são os avanços brasileiros. Votar em Serra é fechar o canal que a essa gente boa tem e que nós também temos de ousar mais mudanças para o Brasil. E é aqui que entra, ao meu ver, para além da corrupção, presente ao que parece nos dois pólos políticos adversários, o principal vício que José Serra representa: o esquema de dominação. Pois me parece claro que as elites do Brasil, poquíssimo democráticas, rancorosas e egoístas, querem conservar seus privilégios sorvendo o sangue da população carente, mantida convenientemente em clara ignorância política. Querem fazer ,do povo, massa de manobra política das mais rasteiras. Digo para vocês: com Serra não vem o Diabo não, mas vem os ruralistas, latinfundiários obstaculizadores da reforma agrária, as elites econômicas ávidas pela manutenção do status quo, a mesma meia dúzia de famílias que controla o poder midíatico no Brasil, etc., O que o governo Lula alcançou foi uma porta de entrada para que o Brasil passe a fase da miudeza e alcance o esclarecimento. O esquema de dominação que perdurou durante 500 anos nesse país precisa continuar retido nos porões, destinados à putrefação, do conservadorismo obtuso e arcaico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Ainda preciso comentar, ou melhor, fazer uma defesa dos programas assistenciais do governo Lula e falar de outros desmandos midiáticos pró tucanos de fazer corar o mais beato dos beatos. Mas fica para outra hora.Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6718462677507337496.post-54279935738198681962010-10-10T15:00:00.000-07:002010-10-10T21:11:49.086-07:00Dilma e o abortoAos exíguos caríssimos, só para (re)começar e pelo dever cívico, feito sem receber nem um niquelzinho somente, publico aqui em parceria com Carolina S. Nascimento o que se segue. O texto é de nossa autoria e a imagem de fundo é de autoria do ilustreBOB (acesse <a href="http://www.ilustrebob.com.br/2010/lula-vs-fhc/">www.ilustrebob.com.br/2010/lula-vs-fhc/</a> para ver um sensacional infográfico comparativo).<br />
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Clique para aumentar.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjIwFCjm4ZPjuZC_0Q8FQfYJAeVDISoboSoHMcHcT6z4dya3X5wESiQx8eWG5cEuMMCmeIIQ7Npfidc_B9yjOydfcB-a73x_Wy99o8jU_VuMKQOpO6QzGkTyRYfjOppJeHuhGfs8fbqm8/s1600/Esclarecimento+Dilma+1+Azul.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjIwFCjm4ZPjuZC_0Q8FQfYJAeVDISoboSoHMcHcT6z4dya3X5wESiQx8eWG5cEuMMCmeIIQ7Npfidc_B9yjOydfcB-a73x_Wy99o8jU_VuMKQOpO6QzGkTyRYfjOppJeHuhGfs8fbqm8/s320/Esclarecimento+Dilma+1+Azul.jpg" width="162" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Igor Augustohttp://www.blogger.com/profile/16221740976690528089noreply@blogger.com0